quarta-feira, dezembro 26, 2007

Boas Festas!


Apesar do Natal já ter passado espero que Vos tenha trazido tudo o que mais desejaram!

Gosto muito desta época! Não pelos presentes ou pelas luzes bonitas que enfeitam a cidade, mas sim porque pelo menos uma vez por ano, parece que as pessoas conseguem pensar com o coração. E ainda acredito que vai chegar um Natal em que não haverá guerras, nem lutas, nem zangas... onde apenas o sentimento de paz, confiança e amor irão reinar... Eu sei, é verdade... ainda acredito no Pai Natal! É triste é que só nesta altura é que se mata a fome aos pedintes... o resto do ano não comem ou rastejam pelo lixo á procura de algo que lhes engane o estomago. Natal é todos os dias. Era assim que devia ser. Porque não darem uma sopa e um pão todos os dias, em vez de lasanha e bacalhau com natas uma vez por ano?! Mas isto é o meu coração maladreco e muito docito a falar.

Agora, amigos do coração (não são muitos, mas são bons), Familia, amigos ou conhecidos, tuneirinhos, orquestradores, professores, e todos os outros com quem me vou cruzando nesta vida e a quem vou deixando a minha marca... Que o ano de 2008 vos traga tudo o que vocês desejarem e que vos dê em dobro o que me desejarem a mim... Que o melhor de 2007 seja o pior de 2008.

Para todos um Sereno Ano Novo!

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Para meditar!


O centro comercial fechou.

A Maria vai viver a vida mais longe,

Longe das ilusões,

Em cima das situações perigosas.

O toino não morreu no mar.

Acabou de adquirir um castelo na Escócia,

Enfim, não é bem na Escócia,

É uma cave sombria, em Gaia.


O passado já lá está,

Raio de uma sorte cinzenta

O presente é uma réstia de esperança

Enquanto houver saúde.

Há que cuidar do aspecto,

Fazê-lo parecer natural.


Por mais que seja cruel

Não há ninguém que ajude.

Ninguém nos ensina a usar nada do que recolhemos pelo caminho.

Perto das ilusões

Entre o amor e as razões preversas.
By Jorge Palma

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Lutar pela O.J....


Estou de volta...


Primeiro, para dizer que apesar de todos os trocadilhos das fotos, a festa de aniversário da orquestra correu bastante bem, teve o seu ponto alto, quando todo o publico presente cantou a musica de natal... Foi engraçado...


Mas nem tudo é bom... a verdade é que de 35 pessoas que estvam presentes na actuação, apenas 12 vão aos ensaios (e não é sempre)... As pessoas estão mais distantes... para dizer a verdade já sinto falta daquela orquestra de há 3 ou 4 anos atrás... Talvez a culpa também seja um pouco minha, mas eu faço os possiveis por integrar os novos elementos, por falar com eles, rir, brincar e ajudá-los no que for preciso. Se for mentira eles que o digam, afinal isto é um espaço público. As desculpas da faculdade comigo já não pegam. Eu já acabei o curso e sempre que podia estava nos ensaios e ia a todos os espectáculos. Acreditem, não faltei a nenhum espectáculo.


É perceptivel que os mais novos estejam á espera, que nós mais velhos tenhamos ideias, sejam elas quais forem... Na realidade tem que deixar de ser assim. É uma orquestra juvenil. A orquestra é vossa, se a amam tanto como eu lutem por ela como eu já lutei. Se precisarem de ajuda estarei a vossa disposição. E na verdade, as ex-caloiras, fizeram-me o gosto, e organizaram um mega jantar de natal com troca de prendas e tudo... É assim mesmo que se trabalha...

estão de parabéns.


Eu acredito, que tudo ainda vai voltar a ser o que era...


serenamente...

quinta-feira, novembro 29, 2007

Ups... um lapso!



Bem, ele há coisas que não são admissiveis.

Estava eu em casa, a tentar trabalhar, quando me trouxeram um jornal da região.

Abri o jornal e deparo-me com a notícia do 9º aniversário da Orquestra Juvenil de Oliveira do Hospital. (Facto que eu desconhecia!)

Mas para que eu ainda ficasse mais estupefacta, foi quando vi a fotografia da orquestra! ou melhor da Tuna de Penalva! Sim. Este meio de comunicação social, publicou a noticia do aniversário da orquestra (e fez muito bem, porque os eventos culturais devem ser divulgados), mas com a fotografia errada.

De facto, só prova a falta de conhecimento dos grupos em causa, até porque são grupos bem distintos. E que, para não variar, deixem de entrevistar os representantes dos grupos, para andarem a sacar informação dos blogs e de outras paginas.

Este é um erro lamentável, que já não é o primeiro!

Ao Senhor director da redacção do dito jornal, se passar por aqui, tenha mais atenção a estes pequenos lapsos. Por vezes é desta forma que começam os problemas. Tenha mais atenção ao que se escreve no seu jornal.

Para além deste descuido, faço publicidade ao "9º aniversário da orquestra"! Dia 1 de Dezembro (próximo sábado para os mais esquecidos) pelas 15h na casa da cultura. Apareçam. Venham fazer a festa connosco. Vai haver surpresas.

A orquestra agradece a vossa presença e participação.

Serenamente risonha...

segunda-feira, novembro 26, 2007

Espectacular Encontro de Tunas!


Estou de volta, para vos dar a minha visão do “GRANDE” Encontro de tunas que ocorreu no passado dia 18. E como, sei que ainda por aqui vão passando alguns leitores, vou-vos fazer esse gostinho.

Decididamente e antes de tudo aquilo que possa ser dito, “Parabéns Penalva de Alva”.

Começando pela manhã, na qual a tuna animou a missa como forma de agradecimento á povoação por todo o carinho e apoio e para lembrar e agradecer aqueles que já passaram por esta tuna e ajudaram ao seu crescimento e desenvolvimento. Na realidade, superámos todas as expectativas. A população adorou e fico viciada. Mais uma vez amigos tuneirinhos têm a prova de que com trabalho dedicação e concentração, tudo, mas mesmo tudo é possível. E para além disso, mostrámos que não sabemos apenas tocar. Que se quisermos cantar, somos capazes de o fazer com muita qualidade.

Á tarde, apesar de todos os nervinhos, foi do melhor que já fizemos. Podem não acreditar mas estas coisas deixam-me “toda em pulginhas”, com medo que alguma coisa corra mal. Mas acho que nunca estivemos tão bem. A música nova foi excelente. A “Balada da Despedida” foi… o ponto alto da tarde. O momento das lágrimas. Ouvir o silêncio das suspensões. Nem uma respiração. E depois ouvir uma sala com quase trezentas pessoas a cantar connosco, faz-me delirar. É por estes momentos que é bom ser-se músico. E isto não é só para os sensíveis como eu, porque até o nosso “metaleiro” de serviço deixou cair a sua lágrima.

Penalva é assim. Única em todos os momentos.

Aos grupos convidados, o nosso muito obrigado pela vossa presença, pois sem vocês a festa não seria completa.

Á direcção, mais uma vez muito obrigado pelo apoio dado, pela dedicação, pelas horas de trabalho. Obrigado por ajudarem esta tuna a crescer e a ir cada vez mais longe. Vocês são o pilar central da tuna. Obrigado por tudo.

Ao fantástico Cozinheiro! Decididamente o melhor sitio para jantar é na sociedade Penalvense. Ai! Ai! Aquele arrozinho é uma delicia dos Deuses. Um repasto á altura da nossa tuna.

Ao maestro! Obrigado pelas horas de sono perdidas. Obrigado por Acreditares que este meninos apesar de pequenos em tamanho e idade são “grandes” e podem ser ainda maiores. Obrigado por acreditares que as mentalidades são “plásticas” e como tal podem ser educadas e mudadas.

Á população Penalvense! Estão de parabéns! Vocês sabem estar. Sabem escutar e não apenas ouvir. Sabem acolher de alma e coração. São a prova de que as aldeias não gostam só da musica popular. São a prova do civismo e da educação. E de que ainda vale a pena tocar-se musicas mais elaboradas, pois ao contrario das cidades, aqui são apreciadas.

Tuna Penalvense! Parabéns! Meus tuneirinhos! Vocês são o orgulho desta povoação. Obrigado pela forma como me acolheram, ainda que, não sendo penalvense. Apesar de não o ser, acreditem que sinto Penalva como sendo minha. E digo-vos mais. O momento mais importante da minha vida, até hoje, aconteceu em Penalva. E como dizia o Sr. Presidente Mário Alves, no dia do encontro: “Não deixem a vossa Tuna morrer”. Faço das suas palavras as minhas palavras. No que precisarem eu estou sempre a disposição. Para ouvir as gargalhadas, as piadas, os desabafos, os medos… tudo… vocês sabe que é verdade e que podem contar comigo para tudo.

Mas não posso terminar este texto sem agradecer a três elementos que eu amo muito. Aos “Patriarcas”! Sr. Casimiro, lembre-se sempre que sem as suas aulas não havia tuna! Obrigado pela paciência e pela dedicação. Não deixe nunca de ensinar música. Não nos abandone, porque precisamos de si. Ao Sr. Fidalgo e ao Sr. Eduardo. Sois os elementos mais jovens da tuna. São o elo de união entre todos. São os pilares centrais deste grupo.
Estes homens estarão sempre no meu coração.

Elementos novos. Apliquem-se. Trabalhem que a Tuna é vossa. Estamos á vossa espera de braços abertos.

Não posso deixar de agradecer a presença do Sr. Presidente da Câmara e da Vereadora da cultura de Oliveira do Hospital e do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Penalva de Alva. Para estes jovens músicos é muito importante a vossa presença e o vosso apoio.

A todos, obrigado por estes momentos que só Penalva de Alva sabe proporcionar. Para mim, foi um dia que não vou esquecer nunca. Foi um momento único na vida!

Estão todos de parabéns! E fazem-me sentir cada vez mais vontade de sair todos os sábados á noite para estar convosco, apesar do frio ribeirinho característico da zona.

Serenamente… a recordar….

quinta-feira, novembro 15, 2007

Encontro de tunas


Cá estou eu mais uma vez para divulgar um evento cultural. Sim! Poruqe contratudo e contratodos, a tuna Penalvense vai levar a cabo mais um evento cultural enão é qualquer autoridadezinha que o impede muito menos pessoas ignorantes.


Penalva de Alva vai ser palco da quarta edição do Encontro de Tunas organizado pela Sociedade Recreativa Penalvense.


O encontro está programado para as 15h00, no qual participam a Tuna anfitriã, o Grupo de Cordas de Vilar Formoso e a Tuna Nova Paços de Silgueiros.


De manhã, pelas 11h00, terá ainda lugar a celebração de Missa por intenção dos Tunos já falecidos, com a particularidade de se tratar de uma Missa cantada e tocada pela Tuna Recreativa Penalvense. (porque a nossa tuna também sabe cantar e melhor do que muitas que andam por aí)


A organização conta também com o apoio da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e Junta de Freguesia de Penalva de Alva, ás quais desde já agradecemos todo o apoio dado.


A informação está dada. Divulguem e apareçam pois a entrada é livre e promete-se uma tardebem passada.


Eu lá estarei.


Serenamente...

quarta-feira, outubro 31, 2007

Será amor..


Ultimamente tem-me faltado o engenho e a arte para fazer alguns trocadilhos com as palavras. Para ser sincera, faltam-me mesmo as palavras, a capacidade de verbalizar. Nem os meus sentimentos sou capaz de expressar.


A vida nos últimos meses tem-me feito pensar em muita coisa... em realidades que me parecem irreais.


Afinal existe AMOR? O que é essa palavra? o que significa? São poucas, acreditem, as pessoas capazes de amar verdadeiramente... A maioria apenas gosta... ou está apaixonada...


Amar é muito mais. Amar pressupões que antes se goste, se aprecie, se sinta a falta, se admire.

O amor é intemporal. O amor é para sempre... e para sempre é muito tempo. Implica transformações e continuar a amar essas transformações, fisicas, psicológicas e até sociais.

A maioria das pessoas limita-se a paixões de meses, semanas, dias ou apenas uma noite... onde os corpos loucos de deseja se consomem vorazmente... no dia seguinte são desconhecidos. Isto não é amor.


O amor abraça-se com a compreensão. E compreensão não é duas palmadinhas nas costas. É muito mais. Por vezes, só quem nos faz sofrer nos compreende, pois é capaz de nos fazer ver a realidade quando os nossos olhos não se querem abrir, ainda que a luz nos magoe. E depois pegam-nos ao colo e trazem-nos de volta. Deixando-nos munidos dos meios que precisamos para seguir em frente.


Só quem ama é capaz de dizer NÃO!


Amar sem pedir nada nada em troca, sem agradecer... porque quem ama fá-lo de livre vontade e é capaz de tudo. Porque quando se ama tudo o que se quer é amor, nada mais.


O amor é eterno. Nunca se esquece quem se ama nem se deixa de amar.


Agora.. Quantos amarão realmente ajguém ou alguma coisa...? Sim... Quantos serão capazes de aceitar todas as mudanças do tempo e continuar a amar... amar as rugas, a voz rouca, a barriguinha disforme, a calvice, os cabelos brancos, as dentaduras... e depois de 1000 anos dizer: "EU AMO-TE".


Não importa quem se ama... se é a mãe, o pai, marido, namorado(a), o irmão, o cão ou o gato... O importante é amar.


Talvez não seja assim tão fácil!


Mas amar é meio caminho andado para a felicidade. Só quem ama conhece a felicidade.


Serenamente...

segunda-feira, outubro 22, 2007

terça-feira, outubro 09, 2007

Uma réstia de sol


Os dias têm estado muito cinzentos por estes lados. Vento forte, chuva. Uma verdadeira tempestade. O comboio em que viajo avança lentamente. Outra coisa não seria de esperar com este tempo. Está a ser uma viagem muito atribulada. Das poucas vezes que o comboio parou, em nenhuma estação eu fiquei, ainda não era a minha saída. Começo-me a sentir cansada. Mas, no meio do céu cinzento eis que surge uma luz. É o sol a tentar aparecer no meio das nuvens. Sorrio. Afinal já não era sem tempo. Tanto mau tempo, deprime qualquer um.

O comboio avança um pouco mais. Parou. Chamaram por mim. É a minha paragem. Mas assim, que chego á estação, regressa o mau tempo. Que nevoeiro terrivel. Não consigo ver nada. Assim não posso ir a lado nenhum. Sou obrigada a ficar na estação. Pode ser que o tempo melhore. Mas tenho algumas duvidas. O comboio espera por mim. Quem me dera que este comboio me deixasse em qualquer uma estação e se fosse embora sem mim. Que comigo apenas ficasse a minha bagagem cheia de fatos de treino e o meu instrumento de trabalho (as mãos). Enquanto o nevoeiro não passa regresso ao comboio.
Olho a estação do lado de dentro do comboio, como eu gostava de ficar nesta paragem.

Se houvesse mais uma réstia de sol. Ou se ele voltasse a brilhar com toda a sua intensidade para mim... os meus dias voltariam a ser serenos.

terça-feira, outubro 02, 2007

Só mais um desabafo


Voltei para desabafar um pouco mais…
Para vos contar um pouco daquilo que me tem acontecido.

Quando vamos para a faculdade os nossos amigos mais próximos também vão. Uns têm a sorte de ficar na terra que querem, outros distanciam-se. Quando acabamos o curso e regressamos a terra natal parece que já nada nos pertence. Não conhecemos as pessoas que lá estão. Os nossos amigos já não estão lá… é uma sensação estranha. Mas depressa nasce um sentimento de esperança. Afinal temos (ou tenho) um curso. Trabalhei. Esforcei-me. De certo que vou encontrar um emprego e vou voltar a encontrar e a estar perto dos poucos que ainda considero amigos. Foi assim que pensei.

Mas não foi assim que aconteceu. Vieram as férias de verão e com o projecto “Pianíssimo” e a enviar currículos para todos os sítios mantive-me entretida. Também tinha a pessoa que amo comigo. Agora que todos voltaram para a escola ou para a faculdade deparo-me sozinha. Sem emprego. Sempre em casa. Sem projectos.

Sinto-me meio morta! Uma morta viva! Sempre fui “hiperactiva”. Imensas actividades. Mil e um projectos. Sou perfeccionista. Sou lutadora e até hoje foi isso que me fez conseguir tudo aquilo que queria. Agora deparo-me com a palavra desemprego e pergunto-me… “Afinal de que valeu o sacrifício? Para que serviram tantos anos na faculdade? Tantas noites em branco para acabar com uma média em condições?” Pois já tenho a resposta. Não valem de nada.

Deito-me de lágrimas nos olhos e levanto-me do mesmo modo. Não há direito a independência. Pois neste momento se não fossem os meus pais, não me safari. O sentimento de impotência acompanha-me. A esperança começa a desaparecer.

Todos os trabalhos são honrados. Mas nem fora da minha área (fisioterapia) há esperança.

Acho que não me vou queixar mais! Vou continuar sozinha e sem nada para fazer. Perdida na terra de ninguém.

Até um dia mais sereno do que o actual…

quinta-feira, setembro 13, 2007

Medo de perder…


Ultimamente tenho sentido um medo horrível. Assusta-me pensar que um dia, as pessoas que mais amo podem desaparecer deste mundo. Que nunca mais poderei sentir o cheiro delas, o seu toque. Nunca mais poderei sentir a sua pele, falar ou “brincar”com elas. Sou muito ligada ás pessoas, sou toda afectos, sentimentos e mimoquices. Sou muito humana, choro com muita facilidade, riu até a fazerem-me cócegas no sapato.


Mas, não sei lidar com o sentimento de perda. Não é o facto do meu clube perder, ou algo do género. É a perda humana que me assusta.


Faz hoje seis anos que o meu avô paterno morreu. Foi até agora a maior perda que tive. Ainda hoje recordo as suas estórias, ainda sinto o bigode alinhado a arranhar-me o rosto quando me beijava, sinto o cheiro da sua roupa sempre a tabaco. Mas são recordações… isso para mim não me chega… preciso de sentir as pessoas… preciso de sentir a o medo, os anseios, o cheiro o toque… Preciso de movimento…


E quando penso que os meus avós, de “quase oitenta anos” sofridos, que me criaram, que vivem comigo, que me amam como os meus pais podem… morrer?! Sinto uma dor antecipada. E os meus pais? Sei que não andam bem… nem um nem outro… se algo lhes acontece e nunca poder retribuir tudo aquilo que eles fizeram por mim…!? Até o amor da minha vida eu tenho medo de perder. Assumo que é verdade as palavras que ele tanta vez profere: “As coisas quando têm que acontecer acontecem, não importa o sítio onde estamos” Mas mesmo assim, mantenho o coração apertado de cada vez que ele sai. Quantas vezes choro em segredo.


Porque é que sou tão sentimentalista? Porque é que ainda sonho que os meus avós e pais me vejam casada, com o meu emprego, uma casa a que posso chamar de lar, os meus filhotes… Será que é errado querer isto? Porque será que não consigo aceitar a perda humana…? Porque será que sofro por antecipação? Será por os amar demais? É errado amar demais? Se é errado, então qual o sentido da vida? Será mais importante uma vida sentida ou uma vida sem sentido nenhum?

Sei que os amo… muito mais que a própria vida… que a vida sem eles morreu…

quarta-feira, setembro 12, 2007

"Pianíssimo"

Cá estou eu mais uma vez a tentar "vender o meu peixe"! É verdade.

Mas depois da actuação no passado dia 10 do mês de Agosto, que foi, segundo a organização “de sucesso”, sob a direcção do maestro Rui Marques, o Ritual Bar vai repetir o espectáculo “Pianíssimo” no próximo sábado, dia 15, às 22h00 e na Livraria Apolo, dia 29 de Setembro no mesmo horário. Concebido para ser apresentado em espaços de dimensões reduzidas, a apresentação terá a participação de Paulo Ribeiro, voz, guitarra portuguesa e viola, Catarina Pereira, voz e violino, e de Ricardo Marques, na flauta. O maestro da Tuna de Penalva de Alva e professor Rui Marques, direcção, voz, piano e viola, introduziu no alinhamento musical algumas “surpresas”.

Apareçam! Eu lá estarei.

Façam criticas construtivas, pois só assim é possivel corrigir os erros.


Serenamente


segunda-feira, agosto 27, 2007

Para pensar!


Para quê falar
Se você não quer ouvir
Fugir agora não resolve nada.
Mas não vou chorar
Se você quiser partir
As vezes a distância ajuda.
Essa tempestade um dia vai acabar.
Só quero te lembrar
De quando a gente andava nas estrelas,
Nas horas lindas que passamos juntos.
A gente só queria amar e amar
E hoje eu tenho certeza
A nossa história não acaba agora.
Pois essa tempestade um dia vai acabar.

Quando a chuva passar
Quando o tempo abrir
Abra a janela e veja eu sou o sol.
Eu sou céu e mar,
Eu sou o céu, enfim...
E o meu amor é a imensidão.

By Ivete Zangalo

sábado, agosto 25, 2007

A vida é tão rara!


Nos últimos dias tenho olhado o mundo à minha volta com outros olhos. Reparo nas pequenas coisas da vida e na sua verdadeira importância, ainda que mais ninguém lhe dê o devido valor.As pessoas fazem guerras e atritos por coisas miseráveis. Tenho observado o que se passa em duas terras vizinhas. As guerrilhas e os problemas que se causam só para se saber quem é melhor que quem. Todos têm valor. Todos nós temos valor. Uns mais outros menos, numa área ou noutra. Infelizmente são poucos os que vêem as coisas desta maneira. Fazer guerras com a música, quando esta devia ser uma forma de união. A única linguagem universal. Causar "ódios de estimação" por ninharias, para quê?


Esta vida é apenas uma passagem.


Será que vale a pena todos os conflitos e desentendimentos? Não seria melhor vivermos num clima de paz, confiança e amizade? O que ganhamos nós com tantas desavenças ao longo da nossa vida?! Parvoice! Ornamentamos a nossa caminhada com coisas fúteis e o valor do beijo de um filho ou de um pai, o abraço do amigo com quem nos cruzamos, não passa de um ritual a que não damos valor.

E quando a vida vos escapar por entre os dedos como um punhado de areia e para trás deixarem ficar os filhos ainda pequenos, o marido/mulher que tanto amam, a família… O que é que preferiam ter? Futilidades, cinismos ou o verdadeiro amor? Preferiam ter uma discussão com alguém ou ter a casa cheia de gente que vos ama, que quer o vosso bem e felicidade?!

Eu vejo acontecer isto mesmo à minha frente. Vejo uma mãe a morrer aos poucos, a sofrer não pela doença (não só, mas também), mas porque vai deixar no mundo duas crianças ainda pequenas e não as vai ver crescer… Leva o coração destroçado…

É nestas alturas que dou valor ao beijo das pessoas que amo, ao sorriso de um amigo. Tanto cinismo, tanta hipocrisia para nada. Apenas desperdiçam o melhor da vida.

Não valerá mais ajudarmos quem precisa, fazermos o nosso trabalho da melhor forma que sabemos sem rebaixarmos ninguém nem estragar o trabalho dos outros? Não seria melhor chegarmos à noite e deitarmo-nos de consciência tranquila?

Eu deito-me assim. Tranquila! Sem problemas de consciência.

E vocês?

Sejam felizes.
Serenamente.

sábado, agosto 18, 2007

Estou a ficar velha!


Parabéns para mim... muitos anos de vida! (pronto, esta parte é que é importante...)
Hoje faço 22 verões! Sim, porque eu nasci no verão e não na primavera, daí celebrar os meus verões!


Sou uma adulta de tenra idade que sente bem na pele as dificuldades da vida de um adulto!


Hoje para não variar sinto-me triste! Estou a perceber com o passar dos anos que apenas me resta a família, que os amigos, esses são poucos ou nenhuns e que apenas tenho uma imensidão de pessoas conhecidas! Até agora apenas a minha mãe, namorado e cunhado, mais duas amigas e o Sr. Cuco me deram os parabéns!


Mas o dia ainda é uma criança! Pode ser que apareça mais alguém (embora duvide disso).


Porque é que as pessoas se aproximam de nós só nos momentos de felicidade quando damos grandes festas ou por um motivo qualquer nos tornamos mais conhecidos? Porque é que serei sempre a namorada de não sei quem ou a filha ou neta de XPTO? Porque é que as pessoas nos catalogam dessa maneira? Porque não nos tratam como seres com vida própria e independente?


Não é que tenha vergonha das minhas origens ou das pessoas que mais amo.... Não. Nada tem a ver com isso. Tudo o que eu mais amo na vida são a familia e o namorado! Orgulho-me muito deles.


Mas ás vezes sabia bem que as pessoas me tratassem com sendo eu... e não, a... de não sei quem...


Mas duvido que isso algum dia mude... Portanto vou ficar por aqui a ver passar mais um ano...


Estou a ficar velha... (o que diria a minha avó com quase oitenta anos se soubesse ler e visse isto!?)


A todos os que por aqui passam um beijinho muito grande e perdoem-me os desatinos... hoje deu-me para isto (podia ser pior!!)


Serenamente!


sábado, agosto 11, 2007

Uma noite para comemorar...


Ontem, foi de facto uma noite para comemorar.

Os artistas do "Pianíssimo" subiram ao palco e criou-se ou ambiente fantástico! Os nervos em franja, com o receio habitual (para quem anda nesta vida) de que alguma coisa corra mal... A confiança de que são capazes de fazer algo diferente e com qualidade e de que a noite vai ser um sucesso!!

E foi! Simplesmente fantástico!

Desde musica ligeira, ao pop -Rock, fados, houve de tudo um pouco para todos os gostos! Para pequenos e graúdos.

O Ponto alto da noite foi quando por entre a escuridão e o som aterrador do piano surge uma voz ainda trémula mas forte da vocalista entoando o "Fantasma da Ópera"... Do fundo da sala em passos lentos, fita a multidão e vai avançando até ao meio da sala... e de repente do outro lado ouve-se uma voz forte... o publico vira-se... sem saber o que mais podia acontecer... E de repente... como se já nada mais pode-se acontecer o final da música... forte... fortíssimo, contrariando o nome da actuação...

Excelente!Sem comentários...

A noite de ontem culminou com a passagem de outros músicos para além dos convidados pelo palco... Músicos que se encontravam presentes no bar a assistir ao "Pianíssimo".

Ontem, foi a prova mais do que confirmada que ainda há e se faz cultura em Oliveira do Hospital, ao contrário do que as pessoas pensam e dizem. Quem o faz, por certo não sabe o que é fazer cultura e o trabalho que dá! Antes preferem ficar sentados no conforto do lar do que dar vida a uma terra que é nossa e que precisa do nosso trabalho e dedicação!

A todos os que estiveram no Ritual bar a noite passada o meu muito obrigado!São a prova da cultura em Oliveira!

Aos Músicos... Muitos Parabéns e Força para Continuar!

quarta-feira, agosto 08, 2007

Pianíssimo...




Desta vez venho apenas fazer-vos um convite.

Dia 10 de Agosto estreia no Ritual Bar "Pianíssimo", a partir das 22h.

Apareçam. De certo os artistas irão dar o seu melhor... e prometem musica para todos os gostos.

Fica o convite!

Eu estarei por lá... em serenos sobressaltos!

quarta-feira, agosto 01, 2007

Viagem!


Hoje sinto-me a cair num abismo infinito, sem que haja um "anjo" que me apanhe nas suas asas e me leve para o patamar mais próximo.


A vida é como um comboio, cheia de oportunidades e com poucos lugares! Como se não bastasse é um comboio de alta velocidade com ida e sem volta!


Ao que parece o meu bilhete não é válido para nenhum comboio! Eu fico na estação, cheia de sonhos e de fantasias, imaginando como serão os outros mundos onde o comboio vai parar! Vendo os outros partir, com um sorriso no rosto! Olho á minha volta e parece que só fiquei eu nesta estação.


Vou poisar as " malas" que levava para a minha viagem e vou chorar um pouco para aliviar a minha alma!


Fico só! Anoitece mas só para mim. Permaneço imóvel!


Talvez mais tarde recomece a viagem a pé! Mas o caminho é tão longo... como serei capaz?


Talvez não seja.

terça-feira, julho 03, 2007

Música para bebés!


Tenho andado em dia não - dia não, por isso não tenho dado noticias...


Hoje no mais fundo de mim encontrei uma réstia de calma e paciência para escrever algo com sentido e não deprimente.


Toda a gente sabe que as crianças são o melhor do mundo! E quando fazem birra continuam a pensar assim? e quando choram a noite inteira e não vos deixam dormir?


Já pensaram que a música muitas vezes pode ser solução!?


Até na gravidez a música, desde que adequada, pode ser a solução, para que mãe e filho possam relaxar e ao mesmo tempo estar a estimular o intelecto do novo ser em formação.


Para bebés acabados de nascer um pouco de música calma sobretudo alguns clássicos têm um poder extraórdinário sobre estes novos reguilas.


A verdade é que a música para além de relaxar também desenvolve o nosso cérebro... Segundo alguns estudos recentes feito por norte americanos, o jovens que em crianças tinham aprendido a tocar um instrumento tinham um nível de inteligência superior aos outros da sua idade que não tiveram este tipo de contacto com a música. Segundo o mesmo estudo, os instrumentos que mais desenvolvem o cérebro são o piano e o violino... (o meu violino precisa de cordas novas :-( )


Como sei isto tudo? Simples, para além de ter o "bichinho da música " agarrado a mim, no terceiro ano da faculdade tive que fazer um trabalho para psicologia que falasse sobre o desenvolvimento humano... eu agarrei na música e apresentei um trabalho que se intitulava "A Importância da música no desenvolvimento intelectual da criança". Foi precisa muita pesquisa, muitas horas a ler artigos e a chatear o meu mestre para me deixar filmar as aulas e a orquestra... bem parecendo que não, o trabalho deveria estar muito bem feito porque a Psicóloga que me dava aulas disse que nunca ninguém tinha ido tão longe nem aprofundado tanto e deu-me um belo de um 19... (o meu orgulho... trabalho recompensado)


Nesse mesmo ano, o meu mestre convidou-me para o ajudar com a música para bebés... Foi a primeira vez que se realizou um actividade destas aqui. E para maravilha de todos foi um sucesso! Mas a melhor parte foi ver as caras das mães, quando deixaram os seus bebés sobre as almofadas e quando se colocou uma música cuidadosamente escolhida para a sua idade ver que todos eles ficaram sossegados, sem choro, com um olhar muito atento para escutar a música!


Bem, se quiserem saber mais faço-vos um convite! Apareçam dia 4 de julho na Escola de Música de Oliveira do Hospital, pelas 18h e tragam os vossos filhos, irmãos, netos, sobrinhos ou primos... e vejam com os vossos próprios olhos... Eu estarei por lá!


Serenamente...

quinta-feira, junho 14, 2007

Talvez possa regressar...


Estou de volta a minha terra mãe. Durante muito tempo reclamei por não estar aqui, porque estava longe de tudo e todos.


No último semestre estive na minha terra Natal. Cidade das capas Negras, dos estudantes, da canção. Para mim terra do meu primeiro desgosto, mas ao mesmo tempo terra de felicidade, de amigos, de carinhos e afectos que não tinha tido nos três anos e meio até então.


Em seis meses encontrei nesta cidade tudo o que nunca tive. Amigos de verdade, daqueles que nos nossos momentos menos positivos estão lá para nos levantar ou para nos dar uma palmada quando erramos. Tinha um trabalho (ou vários) ainda que não remunerada, uma vez que era estagiária. Apesar de os meus pais e avós não estarem ali, era feliz, sentia-me bem...


Agora de regresso á minha terra, á minha casa, sinto que perdi tudo... Não tenho amigos de verdade, apenas conhecidos... Tenho a minha família, é verdade... Sim, é a família que eu amo a única que quero, mas os pais e os avós por muito ternos que sejam não nos conseguem dar tudo aquilo que se precisa por esta altura da vida... Há sempre coisas que não se conseguem falar com os pais, por muito aberta que seja a relação com eles (que é o caso!)...


Sinto umas saudades imensas daquela terra... daquela gente... e ainda só passou uma semana...


Talvez um dia possa regressar... Talvez...


quarta-feira, junho 06, 2007

Preciso!


Tenho andado muito bem disposta nos ultimos tempos. Contudo, hoje levantei um pouco mais em baixo. não sei ao certo porquê... Talvez seja o cansaço que me acompanha e faz questão de ser a minha sombra, talvez se avizinhe uma tempestade, talvez seja apenas o facto de não estar a fazer o que quero e onde quero, talvez seja muita coisa... talvez não...

Sei que tudo o que precisava era de umas férias longe de tudo... descansar a cabeça, reorganizar as ideias. Preciso de umtempo para mim. Para saber o que fazer e como fazer.

Preciso... O que eu preciso mesmo é de um sorriso, dois braços á minha espera e um abraço!

Precciso de muito amor. Preciso de um amigo com quem possa partilhar alguns momentos. Preciso de espaço, do meu espaço...! Da minha vida! do meu mundo sereno e feliz! Preciso de normalidade e não de rotina!

Preciso... de... Serenidade...

terça-feira, maio 29, 2007

Avô!

O pomar está cheio...
As árvores cantam a chuva
Nos dias que passam perdidos,
Nos campos rasgados pelo arado.

O esvoaçar dos pássaros pelo meio,
Que vão bicando grainhas de uva,
Por entre os ventos revoltados
Que adormecem no montado.

Alongam-se as jornas…
Os dois bois que puxam a charrua
Ornam o horizonte que se funde no céu,
Misturam-se cores de fim de dia.

As manhãs são agora mais mornas,
Os velhos no adro da igreja, na rua,
Falam do antigamente, senhoras de véu,
Dinheiro que não se contava, mas dividia.

Pão na mesa…Calejado… do dia anterior
Deixado endurecer para açorda,
Chouriça e queijo no fio da faca.

À noite, a luz do candeeiro acesa,
Junto à lareira, a sentir o calor,
A velha cozinheira gorda
Senhora simpática, bonita, fraca.

Corpos que ressacam…
Dores sem as quais não se vive
Afagadas com um copito de tinto,
Remédio sagrado dos nossos avós.

Arcaicas mezinhas que nos cicatrizam,
Que nos lembram como se sobrevive,
Que alteiam o digno instinto
Lembranças que não nos deixam sós.

Este poema em tudo me fez lembrar o meu avô... Homem cheio de vida! COntudo os anos estão-no a castigar da pior forma possivel... tirar-lhe a luz do dia. Impedindo-o de ver o verde do prados, o castanho das matas no outono, o dourado da seara no verão...
Impedindo-o de ver quem mais o ama e quem ele tanto ama á sua maneira...
Acredito que tudo na vida tem um sentido... mas este sentido da vida eu ainda não percebi...

Serenamente...

sexta-feira, maio 25, 2007

Recomeçar...


Mas que vida... Estou a deixar-me cair no mais fundo dos poços e não faço nada para me levantar. Limito-me a ver-me cair. A magoar-me no meio desta selva de espinhos.


O que é que se passa comigo?


Eu não sou assim...! eu não sou de me deixar ficar! Eu gosto de ir á luta... embora muitas vezes baixe os braços, mas vou á luta... nem sempre é fácil e por vezes perde-se, mas eu tenho que lutar... tudo o que eu não posso fazer é ficar aqui á espera que bata mesmo no fundo, para depois me lamentar... Depois os lamentos são desnecessários... Quem não luta não tem o direito de se lamentar, pois não fez nada para mudar o rumo das coisas...

Vou recuperar forças... acabar esta luta e sair vencedora, com um sorriso no rosto e daqui a um ano poder dizer: VENCI, porque LUTEI e só assim CONSEGUI! ´


Foi assim que consegui tudo o que hoje tenho. Apesar de não ser muito, consegui-o com muita luta, muitas lágrimas, muitas quedas que me obrigaram a começar tudo de novo, mas consegui.


Porque razão estou eu agora com vontade de desistir...? Eu sei... Estou cansada. Mas sei que é só uma fase e que vai passar e que dias melhores virão. Preciso de me reencontrar. De Reencontrar as forças (poucas) que me restam... Não posso desiludir quem tanto sofreu por mim... quem tantas noites passou acordado... quem dia e noite me mantinha no pensamento e fazia de mim a mulher que sou hoje... Essas pessoas são a minha vida, o meu mundo... são elas que quando baixo os braços se erguem á minha volta e me levantam... Se não for mim, por tudo aquilo que eu quero ser, que seja por elas!


Vou recomeçar tudo outra vez!


Vou continuar a lutar!

quarta-feira, maio 23, 2007

TRISTEZA


Hoje acordei com uma tristeza que não consegui explicar... Um dor no mais fundo de mim. Talvez seja apenas o reflexo da minha vida nos últimos tempos... Uma vida que não é vida... neste momento falta-me tanta coisa... Abri o computador e procurei algo que fosse capaz de representar tudo o que sentia... e eis o que encontrei...


Pedaços de água no olhar...
De sonhos desfeitos em nada
Cabelos em desalinho
Onde brilham em torvelinho,
Pérolas de pranto ao luar....

Olhos tristes de quem sofreu
Na vida, tormentos mil
Silêncios a quem doeu,
Um amor que já morreu,
Ainda por começar...

Embalada nos braços fortes
De uma recordação,
Vai tropeçando em pedaços
Vazios de um coração...

Sonha, menina triste,
Limpa as lágrimas, sorri
Também eu vivi morrendo
E morri, vivendo em ti....


Por MARIA CÉLIA SILVA

segunda-feira, maio 21, 2007

Segredos...


Segredos, meu amor

Hoje te quero revelar!

Se pudesse eu te daria tudo:

O céu, a terra e o mundo…

Os poemas de amor - sem dor!

E cantá-los-ia se soubesse cantar!



Cantar, cantavas tu…e tão bem!

Pintar é a tua actual inspiração!

Reservo para mim, porém:

A poesia! Meu amor-perfeito;

Tempo de pausa e meditação!

A fantasia de alguém Imperfeito!

Carente, terreno e pensante!



E se em momentos de inspiração

Parto por aí algo errante

Numa completa e intemporal dação

(Mas quente e vertical entrega)

Breve seja... e que encante!

Minha alma nesse instante sossega.

quarta-feira, maio 09, 2007

Toda a alma tem uma face Negra...

Após muitas insistências lá resolvi ir... Aprumei a cartola e o traje em mim e não no guarda fato, limpei as lágrimas e fui em busca de uma amiga... E de algo mais... Tenho que lutar, tenho que ser feliz...

Não posso deixar que o lado negro da face de alguém torne a minha vida num buraco ainda menos colorido do que ele já é por natureza...

E lá fui eu... Gritar aos ventos que sou finalista... que a vida começa agora e que eu tenho de lutar por ela...

Guardo um momento profundo e hilariante do cortejo... alguém me diz: "Tem sandes", volto-me por um momento e entrego-lhe uma sandes, ao que o homem responde: "é de Fiambre", "não"retrocedo, "então está bem, é que eu não gosto de queijo...!"

Aqui está algo com profundidade... deve ter andado na turma do nosso primeiro ministro...

Até um próximo sereno sobressalto...

terça-feira, maio 08, 2007

Cartola e bengala...

Hoje é dia do cortejo... aprumam-se as cartolas, ajeitam-se as lapelas, capas ao vento e bengalas ao ar... toda a gente festeja...
O meu traje também está alinhado... mas pendurado na porta do guarda fato! Também eu queria pôr o meu sorriso na cara e a capa ao vento, mas não o vou fazer... Estragaram-me este dia... Mostraram-me que esta queima não é minha, esta festa não é minha... eu não lhe pertenço... nem ela a mim... sinto-me como se me tivessem atravessado uma flecha no peito... e sangra... dói... eu que entreguei corpo e alma a um carro... a um curso que não o meu... agora o pagamento fica nesta frase cruel... e a pessoa que a disse... como hei-de esquecer...? como serei capaz de lhe perdoar, depois de tudo o que passei...? vou-me enrolar na minha capa, no meu sofá e acreditar que estou no cortejo e que até sou feliz...
Mas não sou e nunca serei...
Até um dia se o houver...

quinta-feira, março 29, 2007

Para que cada dia conte!


A vida é uma passagem muito curta. Esta semana percebi de que nada vale sairmos de costas voltadas. Nada vale estarmos zangados e refilarmos com todo o mundo. "sabemos como saímos, não sabemos como chegamos", frase sábia que a minha avozinha insiste em proferir. Mas a verdade é que não sabemos sequer se voltamos.


De que vale o corre-corre do dia a dia se não damos importância ao que realmente tem valor?

Acredito que existe algo muito superior a nós. Que nos guia. Que nos protege. Estou viva e só ele sabe como...


De hoje em diante vou levar a vida com muito mais calma. Não quero ficar de costas voltadas com ninguém. Quero o aconchego do "colo" dos meus pais e avós. Quero sentir o beijo doce e terno do meu namorado. Para quê ficar aborrecida com coisas insignificantes e absurdas...


Quero viver a vida intensamente. Quero pedir desculpa a todos aqueles que possa ter magoado. Agradecer a todos os que soltaram um raio de sol no meu caminho.


Quero viver a vida como se cada dia fosse o último.Para que cada dia conte.


Obrigado a Ti! (que estiveste ao meu lado sem que eu te visse, quando julguei estar sozinha)

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Adeus Capas Negras!


No dia 22 de Dezembro de 2006, cerca das 18h e 29 minutos, fazia a minha última viagem no alfa pendular com destino a Coimbra!

Agora sim poderei dizer: Sou finalista!! A minha vida enquanto aluna terminou neste dia. A partir de agora sou uma “quasi-tapista”!!! Para trás ficam longas viagens, choro, desilusões, risos, palhaçadas, discussões, zangas e muita, mas mesmo muita animação. Acabaram os “biquinis”, os calções, as manhãs geladas e nós semi-nus! Acabou a camaradagem, a união, acabou quase tudo… Acabaram-se os almoços apressados de 15 minutos, não mais… Findaram as noites de “marranço” que fazíamos em casa uns dos outros, onde a farra se sobrepunha ao estudo e reinava o clima de coscuvilhice….

Para trás ficam apenas as memórias de 4 anos de muita luta, mas apesar de tudo foram os melhores 4 anos da minha vida! É nesta fase que tudo acontece! Foram 4 anos sempre a crescer, a viver a vida com uma intensidade transcendente. Apesar de todos os momentos negativos que esta vida me trouxe, agora percebo que sempre teve uma finalidade… Ensinou-me a ser a mulher que sou hoje! Decidi desta etapa apenas guardar os momentos positivos… O que vou fazer com os negativos? Já fiz!!! Cresci com eles! Agora não são mais do que um factor de crescimento!

“São dias de felicidade!” Hoje parto, não com a ânsia de chegar a casa, mas com um vazio no coração. Como se á medida que o comboio me afasta das margens do Douro uma parte de mim se perdesse… Afinal, era no “místico Porto” que estava a minha vida, a minha casa, o meu mundo…

Tenho saudades… Sentimento ingrato e doce…

Adeus Capas Negras…!