terça-feira, maio 23, 2006

Capas Negras...

Hoje é o dia do cortejo! Está toda a gente radiante... trajes alinhados, capas ao vento, fitas a esvoaçar no ar, gritos de uma multidão confundem-se. Exprimem o amor á faculdade, ao curso, á vida académica...

Também gostava de festejar... Saltar para cima do carro e gritar até não poder mais... Mas eu não estou lá... è verdade... vou acabar o curso sem saber o que é realmente o espírito académico na minha cidade... E choro por isso...

Que revolta! Que raiva! Sinto as minhas veias a distenderem-se dentro do meu corpo... Os olhos tornam-se esbugalhados.

Mas por quem sinto eu esta raiva?

Por mim. Por não ter sido capaz de entrar no sitio que queria. Por não ter sido capaz de tomar as minhas próprias decisões.

Da minha faculdade e sua Reitoria. Por não incentivarem o espírito académico, por nos restringirem todas as oportunidades de convivência académica.

Das pessoas que estão próximas ou se aproximam de mim. Porque o seu único motivo, é o interesse. Nos momentos bons e nos maus estou sempre sozinha. Mas na véspera de uma frequência estou sempre rodeada de gente. Ainda bem? Não. Preferia estar sozinha nestes momentos para me poder concentrar e nos outros momentos ter três ou quatro que se aproximassem de mim.

Daqueles que me amam. Por estarem constantemente a recriminarem-me e a dizerem-me que sou a concretização dos sonhos dos outros, que não tenho personalidade, e que não entendem a verdadeira razão de todo o meu sofrimento...

Apenas senti o verdadeiro espírito académico uma única vez. Em Coimbra.,na serenata de 2005. Essa foi a única altura em que eu “fora de casa” percebi o verdadeiro sentido do espírito académico...

Capas Negras são símbolo de união... Para mim, apenas de lágrimas...

Torna-se aguda a serena melodia do meu violino...

quinta-feira, maio 04, 2006

Pequnas grandes coisas!


Apenas para pensar e comentar as "pequenas grandes" coisas da vida...