sábado, agosto 25, 2007

A vida é tão rara!


Nos últimos dias tenho olhado o mundo à minha volta com outros olhos. Reparo nas pequenas coisas da vida e na sua verdadeira importância, ainda que mais ninguém lhe dê o devido valor.As pessoas fazem guerras e atritos por coisas miseráveis. Tenho observado o que se passa em duas terras vizinhas. As guerrilhas e os problemas que se causam só para se saber quem é melhor que quem. Todos têm valor. Todos nós temos valor. Uns mais outros menos, numa área ou noutra. Infelizmente são poucos os que vêem as coisas desta maneira. Fazer guerras com a música, quando esta devia ser uma forma de união. A única linguagem universal. Causar "ódios de estimação" por ninharias, para quê?


Esta vida é apenas uma passagem.


Será que vale a pena todos os conflitos e desentendimentos? Não seria melhor vivermos num clima de paz, confiança e amizade? O que ganhamos nós com tantas desavenças ao longo da nossa vida?! Parvoice! Ornamentamos a nossa caminhada com coisas fúteis e o valor do beijo de um filho ou de um pai, o abraço do amigo com quem nos cruzamos, não passa de um ritual a que não damos valor.

E quando a vida vos escapar por entre os dedos como um punhado de areia e para trás deixarem ficar os filhos ainda pequenos, o marido/mulher que tanto amam, a família… O que é que preferiam ter? Futilidades, cinismos ou o verdadeiro amor? Preferiam ter uma discussão com alguém ou ter a casa cheia de gente que vos ama, que quer o vosso bem e felicidade?!

Eu vejo acontecer isto mesmo à minha frente. Vejo uma mãe a morrer aos poucos, a sofrer não pela doença (não só, mas também), mas porque vai deixar no mundo duas crianças ainda pequenas e não as vai ver crescer… Leva o coração destroçado…

É nestas alturas que dou valor ao beijo das pessoas que amo, ao sorriso de um amigo. Tanto cinismo, tanta hipocrisia para nada. Apenas desperdiçam o melhor da vida.

Não valerá mais ajudarmos quem precisa, fazermos o nosso trabalho da melhor forma que sabemos sem rebaixarmos ninguém nem estragar o trabalho dos outros? Não seria melhor chegarmos à noite e deitarmo-nos de consciência tranquila?

Eu deito-me assim. Tranquila! Sem problemas de consciência.

E vocês?

Sejam felizes.
Serenamente.

1 comentário:

Rui Marques disse...

É bem verdade tudo aquilo o que dizes. Às vezes, também eu me chateio com a mesquinhez e a idiotice que reinam por todo o lado. Mas a única conclusão a que chego é esta: só é criticado quem constrói, quem deixa obra feita - às críticas, responde-se com trabalho árduo e honesto e de cabeça erguida.

As pequenas coisas são o mais importante da vida - são os pequenos pormenores que marcam os dias e as coisas, por mais vulgares que sejam.

Às vezes, quando vejo situações realmente tristes, como a que tens no teu post, apercebo-me da pequenez em que vivemos, entre discussões de trazer por casa, amuos, desânimos, nervos à flor da pele...

Um beijo.